Guilherme Macedo, com a cara pintada, ao centro, teve que aprender a morar sozinho depois que os pais foram embora |
Clara Dias
Juliane Rígolo
Matheus Honório
Virgínia Faustino
Vinicius Costa
Mudar
de cidade para fazer faculdade é comum para muitos jovens. Porém, e se o papel
invertesse, se os pais mudassem e deixassem o filho?!
Essa
inversão de realidade foi o que aconteceu com o estudante de Medicina,
Guilherme Macedo. Com 18 anos, Guilherme começou a estudar Direito, e aos 21
largou o curso. Nesse período, seu pai se mudou para Santo André (SP). Com 23,
ele ingressou na faculdade de Medicina e foi a vez de sua mãe mudar de endereço,
em Praia Grande, litoral de São Paulo.
Dentre
as razões que fizeram o acadêmico ficar na cidade onde cursa estão: a qualidade
da faculdade, o FIES e o vínculo com amigos e a igreja.
Nos
primeiros seis meses, ele continuou a viver na casa da família. “Eu tinha que
mostrar a casa, pois ela estava vendendo, no começo do outro ano eu mudei e
agora moro sozinho em uma quitinete perto da faculdade”.
Quanto à
adaptação, Guilherme conta que não teve grandes dificuldades. “Meus pais sempre trabalhavam muito fora, então eu já
ficava sozinho e eu sempre ajudei nas coisas de casa, então para mim foi
tranquilo a adaptação e foi até melhor, porque eu sempre quis meu espaço”.
Os
estudos são a principal responsabilidade dele. “Meu pai acaba me sustentando
aqui 100%, eu só tenho que organizar minhas contas para pagá-las em dia e
organizar o meu dinheiro, assim que não são muitas, então essas são minhas
únicas responsabilidades”.
Segundo
o universitário, a principal diferença de morar longe dos pais é o tempo.
“Porque quando você está com os pais e como eles são mais velhos, eles já criam
uma rotina e eles sempre fazem isso. Eu agora faço a minha rotina, eu faço
agora as coisas na hora que eu quero e se eu não faço as coisas ninguém vai
fazer, então é uma coisa que depende mais de mim, então isso para mim está
sendo bom por esses motivos”.
Guilherme
ainda conta que o fato de morar distante dos pais melhorou o relacionamento com
eles. “Quando você fica sem o convívio do cotidiano você quer aproveitar mais o
tempo com eles, você briga menos, você vai mais relaxado então acho que o
convívio até ficou melhor”.
João Augusto, estudante de Biologia da Unoeste, vive em uma república de duas universidades prudentinas |
Vida de república
A
vida universitária reserva vários caminhos e um deles é escolher um lugar para
morar, e a República Mamatequila abriga alunos das universidades de Presidente
Prudente desde dezembro de 2007.
A
república foi criada por alunos do curso de Fisioterapia da Unesp (Universidade
Estadual de São Paulo) onde encontraram a solução de alugar uma casa grande e
dividir o valor do aluguel, já que não tinham condições de morar sozinhos.
O
lugar é composto por alunos da Unesp e Unoeste que são de vários cantos Brasil.
Agregados fazem parte do cotidiano dessas pessoas também, tornando essa família
ainda maior.
O
estudante do 8º termo de Biologia da Unoeste, João Augusto, conta sobre uma
festa comemorativa dos 10 anos da república. O valor arrecadado da festa é
usado na manutenção e auxílio das despesas da casa. “Nós vamos fazer uma grande
festa e queremos que seja um dia histórico para todos. Vamos reunir todos os
alunos que já passaram por aqui e também nossos amigos especiais, teremos várias
surpresas e vamos divulgando com o tempo”, disse João Augusto morador da casa
desde 2014.
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