Estudante decide trocar São Paulo pelo interior para concluir graduação
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Blog do 5º termo
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VIRADA DE JOGO
Ana Carolina precisou retornar ao primeiro termo do curso por conta da diferença de grades Foto: Cedida |
Beatriz Duarte
Janaína Tavares
Mariana Santos
Maria Eduarda Kato
Thiago de Oliveira
A dinâmica entre estudar, organizar
todos os trabalhos e cumprir tudo o que é proposto pelo curso que optou, já é
um grande desafio. Isso se torna ainda mais complexo quando você precisa fazer
uma mudança de vida radical em meio a isso tudo.
Ana Carolina de Souza, estudante de
Biomedicina, sabe muito bem o que é isso. Tudo começou quando a aluna morava em
São Paulo e cursava o quarto termo de Biomedicina em uma universidade de lá.
Por questões pessoais, decidiu transferir o curso e se mudar para Mirante do
Paranapanema, que fica a mais de 600 quilômetros da capital, dos parentes e dos
amigos.
Quando a aluna pediu transferência para
a Unoeste, não conseguiu voltar ao termo que já estava cursando por conta da
diferença nas grades. Agora, ela irá terminar sua graduação apenas em 2023.
“Já era para eu estar finalizando a
faculdade no ano que vem e ela duraria apenas quatro anos. Cursei dois anos
completos e como lá a carga horária era menor do que aqui, eu precisei retornar
ao primeiro termo e eliminei algumas matérias”, explica.
Adaptação
Assim como os jovens de 20 anos, a aluna já tinha sua própria história
na cidade grande. “Estava trabalhando em um emprego que era da minha área,
ganhava bem, tinha toda uma estrutura lá, além de ser noiva na época. Quando terminei
meu noivado foi aí que pensei: se meus pais querem ir embora daqui, então
também vou, porque queria buscar novos horizontes”, diz Ana Carolina.
Com a nova turma em Prudente, Ana Carolina acredita que os sacrifícios valem à pena Foto: Cedida |
Entretanto, a mudança não foi tão fácil como parece. Todos os costumes e
a rotina já construída pela estudante tiveram que ser deixadas para trás. “A
diferença está em tudo, porque a estrutura aqui é bem melhor do que lá, a carga
horária daqui é mais puxada e os professores cobram muito mais”, conta.
Desde os 14 anos, seus pais sempre a apoiaram a seguir seus próprios
passos e ser uma mulher independente, o que ajudou em seu amadurecimento. “Não
vou dizer que está sendo fácil, porque mesmo eles morando em um sítio que fica
a 30 quilômetros de distância de onde eu moro, precisei aprender a lidar e
resolver todos os meus problemas, já que tenho que correr atrás de tudo por
minha conta”, relata a futura biomédica.
Conselhos
O tempo passou, diversas pessoas passaram pela vida de Ana Carolina e,
com isso, a universitária aprendeu com todos os desafios. “Meu maior conselho é
lutar pelo seu sonho. Você vai deixar muita coisa e, muitas vezes, vai deixar
de comprar algo porque você tem um objetivo, então tudo sempre vale a pena”,
conclui a estudante.