Recém-formados buscam na pós-graduação chance para conseguir uma vaga
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Barbara Tafarelo
Christian Mathias
Mainara Screpanti
Rafael Carlos
Vanessa Aleixo
Victtoria Oliani
Vinícius Alonso
Nos
dias atuais, junto com a alegria de terminar uma faculdade e receber um
diploma, os recém-formados encerram essa fase também com o medo e insegurança
do que virá a seguir, já que conseguir um emprego está cada vez mais difícil em
tempos de crise.
De
acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2017, de cada três
novos desempregados do mundo, um será do Brasil. Ainda estima-se que o país
terá 1,2 milhões a mais de desempregados em comparação ao ano de 2016.
Opinião de Coach
O
coach e palestrante Alex Gonçalves da Costa diz que pode haver motivo de
algumas pessoas estarem procurando emprego há tanto tempo e não achar.
“As crenças negativas e o comportamento estão diretamente
interligadas, se eu tenho comportamentos inadequados, isso acaba reforçando-as.
E se eu tenho crenças negativas, eu tenho comportamentos inadequados. É preciso
tomar muito cuidado e uma das formas bem claras disso é a procrastinação, às
vezes essas pessoas estão sempre deixando para o amanhã. As pessoas precisam
ter noção e clareza que o amanhã não é uma certeza na nossa vida é apenas uma
expectativa e os procrastinadores sempre acham uma desculpa pra continuar
esperando e adiando, não vão realmente atrás de seu objetivo”, afirma.
Alex
também diz que para mudar isso é preciso criar metas, objetivos e achar a
motivação e perguntar a si mesmo o que pode fazer para alcançar suas metas e
principalmente o que precisa deixar de fazer.
“Se formou? Então
pega seu diploma e vai buscar seu trabalho, não tenha em mente que está indo
atrás de dinheiro e sim de um sonho. É importante avaliar as expectativas
pessoais, avaliar o seu marketing pessoal, manter o currículo atualizado, manter-
se atualizado, o mercado exige isso”, afirma.
Laís mal se formou e já entrou na pós-graduação, mas ainda busca vaga no mercado Foto: Arquivo Pessoal |
Recém-formada à
procura
A
recém-formada em Jornalismo Laís Caroline Santos, já está à procura de emprego
desde o começo do ano. Ela conta que desde janeiro está enviando currículos na
região de Presidente Prudente e ainda não conseguiu nada, mas diz que o
importante é não desanimar. “Todas as áreas estão complicadas, mas o importante
é não deixar de buscar e ir se aperfeiçoando na sua área”.
No
momento, ela está fazendo pós-graduação em Moda na UEL (Universidade Estadual
de Londrina) de 15 em 15 dias. Laís acredita que ter um conhecimento a mais é
sempre importante e que fará diferença sim, mas não tanto quanto a experiência
no mercado de trabalho.
Como
tudo está muito difícil, Laís prefere conseguir emprego na sua área, mas não
descarta outras possibilidades. “Claramente, eu gostaria de trabalhar apenas na
área de jornalista, mas com base em visões de mercado atualmente creio que você
tem que ser multitarefa. Quer dizer, indiretamente você sempre vai fazer algo
que não está relacionado com a sua formação”.
Vantagens de ser
jovem no mercado
A
economista Edilene Mayumi Murashita Takenaka diz que no mundo atual a
pós-graduação é apenas um degrau a mais, porém não é o suficiente para se
firmar no mercado que é tão competitivo.
Por
incrível que pareça, quem acabou de pegar o diploma, pode ter algum benefício.
“O recém-formado tem uma grande vantagem que é a jovialidade. Geralmente,
apresentam-se curiosos e tem uma vontade muito grande de aprender e ter novas
experiências. Muitas empresas preferem um recém-formado que ainda não tenha
vícios adquiridos em outros ambientes de trabalho”, explica Edilene.
“Pessoas
desempregadas podem ter um currículo impecável no requisito estudo, mas
dependendo da empresa isso não é relevante se ela não tiver experiência. O
mercado de trabalho exige, mas geralmente não dá oportunidade”, afirma.
Giovanna levou sete meses para conseguir um emprego após se formar e já está fazendo mestrado em Odonto Foto: Arquivo Pessoal |
Formada e já com
emprego
Mas
esta não é a realidade de todo recém-formado, com poucos meses de procura, a
dentista Giovanna Elisa Gabriel Coclete, que terminou o curso em 2015, já
alcançou emprego na área desejada.
Após
terminar a faculdade, Giovanna já começou o mestrado em Araçatuba, mas mesmo
assim não deixou de procurar emprego. Com sete meses de busca, ela entrou em
uma clínica, mas afirma ter um diferencial para isso. “Para conseguir emprego na minha área, ingressar na carreira da
pós-graduação [mestrado] foi muito
importante”, conta a dentista.
Giovanna ainda espera
mais do mercado de trabalho, ela fala que muitos dentistas são explorados pelas
clínicas. “A área de odontologia é muito visada, porém muitos pagam pouco
e trabalham com porcentagem inferior ao que deveria ser estipulado”, diz.