Estilos marcantes atraem olhares e curiosidade
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Blog do 5º termo
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zootecnia
Paloma e Giovanna gostam de ter suas marcas no estilo que usam Foto: Beatriz Moura |
Beatriz Moura
Isaias Alves
Júlio Terrengui
Larissa Thieli
Rafael Barbosa
Valdemar Lessa
Cerca de
20 mil alunos estudam na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) e entre eles
os visuais são diversos. Alguns estilos chamam a atenção nos corredores. Muitas
pessoas fogem do convencional e esses estilos variam de um curso para o outro,
como na Zootecnia, onde estuda a aluna Paloma Lira.
Segundo
ela, o curso influência muito na maneira de se vestir. “Quando a gente tá no dia de trabalhar no campo é natural que a
pessoa vá de bota e como a gente vive praticamente 24 horas usando bota, é
normal a gente se vestir nesse estilo e usar camisão pra se prevenir do sol”,
conta a aluna.
Paloma também diz que o seu
estilo vem de família, passado de geração em geração. “Como meus avós vêm da
roça e meus bisavós também são de sítio, é meio que automático e você
acaba adotando esse estilo. E sem contar que por um lado é muito vantajoso, é
muito legal, eu não me vejo em outro estilo a não ser esse, tomando tereré
e ir aos rodeios da vida, é muito bom”, completa.
Ter um estilo de vida
diferente também tem o seu lado negativo e muitas vezes o preconceito se torna
um problema. Paloma conta que as mulheres que se vestem como ela, no estilo cowgirl, às vezes são descriminadas.
“Algumas pessoas quando vê uma mulher trajada de bota, nos
enxergam como lésbica só pelo fato dela se
vestir e andar como se fosse homem. Acham que a gente é cafona, que não sabe se
vestir e nos chamam de caipira”, desabafa.
Já no curso de jornalismo, a aluna Giovana Farias adota um estilo
totalmente diferente de
Paloma. “Eu gosto sempre de mudar e ser diferente. Adoro
quando as pessoas me param na rua para falar do meu cabelo, tatuagens,
piercings, eu adoro tudo isso”.
Desde
pequena, a aluna era fascinada por cabelos coloridos, piercings e tinha como
grande inspiração a apresentadora Mari Moon da MTV. Mesmo com os conflitos
dentro de casa por seus pais não aceitarem seu jeito de ser, Giovana manteve o
seu estilo. Hoje ela enfrenta o preconceito fora de casa, como na busca por
empregos.
“Eu vou
sempre buscar trabalhar em lugares que aceitem as pessoas como elas são e que
nos dão a liberdade de ser como nós somos até porque o que me faz profissional
não é a cor do meu cabelo, nem minhas tatuagens ou os piercings que tenho no
rosto e sim meu eu interior. E eu acho que isso não muda o que eu sou de verdade”,
diz.
Assim
como Giovana, muitos jovens que saem da universidade enfrentam esse problema em
qualquer área de trabalho. A busca pela aceitação é constante e a postura das
empresas também mudou de uns anos pra cá, estão mais abertas às pessoas em
geral, sem restrição de estilos, aparência, gênero e orientação sexual.