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sábado, 17 de março de 2018

Prática de desenho tem início no 1º termo de Arquitetura e Urbanismo

By On 08:00
O aluno do 1º termo de Arquitetura, Rafael, diz que já fez cerca de 15 desenhos em menos de dois meses
Foto: Thais Vizari

Brenda de Oliveira
João Martins
Michelle Santos
Regina Santos
Sandra Prata
Thais Vizari

Saber desenhar é uma das habilidades mais importantes para um arquiteto, mas como é desenvolvida a afinidade com a técnica? O primeiro contato dos alunos do 1° termo de Arquitetura e Urbanismo com traços é por meio da disciplina Desenho de Observação ministrada pela professora Luli Hata. Segundo ela, a matéria tem o intuito de promover uma evolução não apenas na ilustração, mas, principalmente, na forma de observar o mundo.

Com uma aula totalmente prática e trabalhos semanais, Luli observa o rendimento de cada um dos alunos por meio de dois portfólios: um bimestral e outro semestral. Cada um deles contém todos os trabalhos realizados por cada calouro durante o período.

De acordo com a docente, é gratificante quando os próprios alunos observam as mudanças nos desenhos desde início das aulas até o fim do termo.

O objetivo, segundo Luli, é mais que aperfeiçoar a capacidade de observação, é induzir a noção de profundidade dos futuros arquitetos. “Nós vivemos em um mundo de imagens, mas mal prestamos atenção, mal observamos”.

Além disso, ela ressalta que muitas pessoas desenham a partir de fotografias e isso, a longo prazo, gera um ciclo de desenhos que não tem dimensões de espaços e profundidades.

“Ouço relatos de alunos que passaram a enxergar melhor, o objetivo é esse, não é fazer apenas uma representação, é o olhar, entender as diferentes proporções”, conta Luli.

O processo de desenvolvimento da técnica passa por diversas fases com a finalidade de refinar a expressão e fazer com que os alunos sintam um objeto e consigam passar essa sensação para o papel.

O calouro Rafael Shigekazu conta que está treinando a produção de desenhos de observação desde a segunda semana de aula. “Todo mundo tem apenas um minuto para desenhar, eu gosto, no total já fiz uns 15 desenhos desde o começo do semestre”.

Já a veterana do 5° termo, Lorena Vitorino ressalta a importância da matéria para quem chega no curso sem saber desenhar, como no seu caso. “Foi nessa matéria que a gente aprendeu tudo, é a base”. 

sexta-feira, 16 de março de 2018

Unoeste conta com hotel que atende professores e palestrantes

By On 08:00
Sueli de Oliveira é uma dos sete funcionários do estabelecimento
Foto: Mariana Santos 
Beatriz Gonçalves
Janaína Tavares
Mariana Santos
Thiago de Oliveira
Maria Eduarda Kato

Todos os dias, milhares de alunos entram no Campus 2 através da entrada principal, mas, provavelmente, poucos repararam na existência de um hotel logo a esquerda dessa entrada: o hotel Santa Ana.

O estabelecimento já existe há 15 anos e, atualmente, hospeda apenas professores da Unoeste, que vêm de outras cidades para dar aula na universidade durante a semana, e palestrantes convidados para eventos da instituição.

Uma taxa de R$40 é cobrada pela diária no hotel, que inclui café da manhã, ar condicionado e frigobar. O valor é simbólico e é utilizado para ajudar na manutenção do local.

Estrutura
O interior de um dos 35 quartos duplos que o hotel possui
Foto: Mariana Santos

Inaugurado em 2003, o prédio é composto por 44 quartos, sendo 35 duplos e nove com camas de casal. Um fato curioso de sua estrutura é que o hotel possui cinco andares vistos pelo lado de fora, mas por dentro são nove.

O prédio do Santa Ana é divido em dois espaços. Do lado direito, compreende os serviços de hotelaria e, no lado esquerdo, ficam os apartamentos. Sete funcionários são responsáveis pelos cuidados do hotel hoje em dia. Além do hotel, a igreja e as casas do Campus 2 também são de responsabilidade destes trabalhadores.

Laços

Durante todos esses anos de funcionamento, várias lembranças permanecem no Santa Ana, assim como Sueli de Oliveira, funcionária e moradora de um dos apartamentos do prédio. A auxiliar administrativa trabalha na Unoeste há 22 anos, o que tornou sua relação com os hóspedes bem familiar.

O café da manhã é servido dentro do Santa Ana das 6h40 às 8h40
Foto: Mariana Santos
“Geralmente, eu cuido deles, né? Porque ficam por aqui sozinhos a semana inteira e a gente quer saber se eles se alimentaram, por exemplo”, diz.

Sobre as boas lembranças que acumulou dentre tantos anos no local, a auxiliar administrativa destaca a hospedagem da banda Capital Inicial, quando conheceu os integrantes, inclusive o vocalista Dinho Ouro Preto.

Entretanto, a funcionária também já passou por alguns “perrengues” no Santa Ana, principalmente quando o local recebe muitas pessoas. Oliveira conta que, certa vez, o local recebeu 70 convidados da reitoria e o espaço tinha poucos funcionários e itens em geral. Ela relembra que foi um ‘verdadeiro sufoco’ porque nem roupa de cama tinha para todos naquele dia.

Sua história com a universidade começou quando ainda realizava serviços sociais como voluntária e, desde então, nunca mais saiu de lá.

Assim como Sueli, a ex-funcionária Vera Lúcia de Deus, pode chamar os espaços da universidade de lar. Também moradora dos apartamentos, fez parte do corpo docente da Unoeste por 40 anos, como costureira e bordadeira da família Oliveira Lima. Já seu marido atuava na gráfica da instituição.

Hoje aposentada por problemas de saúde, relembra que em 1977, foi a responsável pela produção dos primeiros uniformes dos funcionários. A confecção acontecia em um prédio, no campus 1, e contava com cerca 15 trabalhadoras. Na época a Unoeste possuía cerca de 33 colaboradores, hoje passam de 1.500.


Dona Vera, hoje tem 69 anos e diz que viu a instituição engatinhando e que cresceu junto da Unoeste. Quando começou a trabalhar na universidade, seu filho mais velho tinha menos de oito anos, hoje ele tem 48.  “Sinto-me orgulhosa por minha história aqui”.


quinta-feira, 15 de março de 2018

Funcionários do Campus II contam convivência com Agripino Lima

By On 08:00
Funcionários descrevem Agripino como corajoso e determinado
Foto: Matheus Teixeira/Arquivo Unoeste

André Silva
Daniel Linares
Jaqueline Piva
Luana Mariano
Rodrigo Moraes
Wellington Camuci

Professor, empresário, político e advogado, Agripino de Oliveira Lima Filho construiu ao longo dos seus 86 anos uma carreira sólida e intensa, cercada de muitas histórias e personagens. E entre esses personagens estão alguns funcionários que, atualmente, ainda trabalham no Campus II da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).

Maria Angelina Silva é coordenadora da Secretaria do Campus II. Trabalha há 31 anos na Unoeste e conviveu com Agripino no tempo em que o professor era Reitor da universidade. Dona Angelina, como é conhecida, relata que o chefe era exigente e comprometido com todo o corpo de funcionários.

“Nós sentíamos uma correspondência, uma troca grande de trabalho, de sugestões, de acatamento recíproco e de valorização, pois ele valorizava muito seus funcionários, ele sabia valorizar”, conta.

Entre as características marcantes do empresário, a coordenadora ressalta a coragem e o lado polêmico que, segundo ela, não impediam que ele tratasse todos com respeito e generosidade.

“Ele amava as pessoas e respeitava todos da mesma forma, fossem funcionários ou os mais altos cargos da faculdade, ele tratava com o mesmo respeito, com a mesma dedicação e empenho. Era admirável essa faceta da personalidade dele.”

Professor do curso de Comunicação Social da Unoeste, Homéro Ferreira manteve por muito tempo uma relação de proximidade com o professor.

Estudante na época em que Agripino era Reitor da universidade, o jornalista realizou diversas entrevistas com o empresário quando trabalhava nos jornais O Imparcial e Oeste Notícias. Para ele, o principal legado de Agripino Lima é a construção da Unoeste, uma das maiores universidades particulares do Brasil.

“Como homem público o que ele fez por Presidente Prudente, foram inúmeras obras, mas acho que de grande impacto foi o Hospital Regional, jamais o governo do estado construiria um hospital daquele tamanho, possivelmente nem metade daquilo, ou nem um terço. Isso eu penso que é indiscutível”, destaca.

O político

ACM recebe Agripino para resolver questões políticas
Foto: Homéro Ferreira/Arquivo pessoal
Homéro relembra um fato que o marcou enquanto acompanhava Agripino cobrindo sua trajetória política. “Ele fez uma reunião com o PFL em São Paulo e o partido inicialmente não queria marcar a reunião. Então ele foi a Brasília e falou com o comandante do partido, Antônio Carlos Magalhães, que deixou uma reunião para atendê-lo no final da tarde.”

O professor diz ainda que, naquele dia, Agripino foi recebido pelo Presidente da República em exercício Marco Maciel, Vice-Presidente de Fernando Henrique Cardoso.

“Tinha deputados, senadores tomando chá de banco, mas o Agripino Lima pelo trânsito livre que ele construiu em Brasília foi recebido, não só ele, mas a ‘corriola’ toda que estava com ele entrou no gabinete do Vice-Presidente na condição de Presidente da República. O homem tinha uma versatilidade incrível”, lembra Homéro.

Homéro está escrevendo um livro sobre a vida de Agripino, que trará suas principais histórias. A produção foi um pedido de uma de suas filhas, Regina de Oliveira Lima.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Morar fora é sinônimo de liberdade, mas onde?

By On 17:32
Kettillen já morou sozinha, mas depois de dividir com um amigo,
as contas ficaram bem mais fáceis
Foto: Cedida

Dayane de Castro
Heitor Pedroso
Isabelle Voltareli
Larissa Oliveira
Mariane Pracânica
Yuri Kaue Aquinno

Para muitos estudantes, especialmente de cidades pequenas, realizar o sonho de cursar uma faculdade, frequentemente se depara com a seguinte decisão: onde morar?

Além do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), programas sociais como o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) facilitaram bastante o acesso ao ambiente acadêmico nos últimos anos.

Mais pessoas foram capazes de deixar as casas de suas famílias e fazer um curso em outra cidade ou até mesmo outro estado. Para decidir onde morar têm que levar em consideração o orçamento, a localização e as companhias. Quais são as vantagens e desvantagens de cada tipo de moradia?

A estudante de Engenharia Civil, Kettillen Angélica Lisboa já morou sozinha e hoje divide sua quitinete com um colega. Segundo ela, é mais fácil se você morar sozinho, ou apenas com mais uma pessoa. Mais do que isso dá conflito. 

A escolha de dividir veio por uma decisão financeira: Eu consigo ficar tranquila durante o mês, gastar mais comigo, me divertir. Kettillen afirma que hoje gasta com moradia cerca de metade do que gastava quando estava sozinha.

Jessica Costa Silva, estudante de Jornalismo, parece ter tido experiências melhores do que Kettillen em conviver com mais de uma pessoa. Ela mora em uma república só de meninas e diz que, apesar dos atritos por causa de diferenças de comportamento, a convivência foi tornando-se mais fácil com o passar do tempo.

Jessica conta ainda que a sua moradia não segue a fama de festeira que as repúblicas universitárias costumam ter, e que sempre que vão receber visitas de várias pessoas tudo é conversado previamente.

(Quase) Fora do Ninho

No meio termo entre a independência total e morar com os pais, existem os pensionatos. Neles, o aluno paga um aluguel e costuma ter alguns serviços básicos garantidos, como lavagem de roupa e alimentação, fornecidos pelos donos.

É o caso da estudante de Direito, Cristiéle Visoná. Ela diz que a organização, a praticidade e a segurança são os principais atrativos dessa opção, que é quase como morar com os pais. Eu gosto daqui porque o pessoal é bem família! Eles conversam muito e incentivam muito, querem ver a gente crescer, conta.

Mas, segundo Cristiéle, esse sistema pode ser um pouco restritivo às vezes: A única coisa que eu gostaria era poder receber amigos para fazer trabalho ou simplesmente conversar e aqui não pode.

A estudante de Publicidade e Propaganda, Rafaela Nunes Cariati, morava com a tia antes de se mudar para a mesma pensão. Ela conta que sair de casa é um grande processo de amadurecimento. Quando eu fui morar na pensão, tive mais liberdade e isso faz a gente crescer muito. Antes, eu tinha tudo na mão, agora aprendi a correr atrás do que eu preciso, finaliza.

E você? Prefere morar como?