Estudantes com deficiência contam rotina acadêmica no campus 2
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VIDA DE UNIVERSITÁRIO
O estudante de Jornalismo, Igor Gelako, diz que o
corrimão na rampa facilitou acesso à sala de aula
Foto: Wellington Costa
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Ingrid Tomimitsu
Jean
Ramos
Letícia
Prieto
Pamela
Wruck
Thaís
Santos
Wellington
Costa
Você sabe quais as dificuldades que os portadores de
deficiência física enfrentam na faculdade para estudar?
A Lei no 10.098,
de 19 de Dezembro de 2000, estabelece normas gerais e critérios básicos para a
promoção da acessibilidade das
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Então, agora que você já sabe que direito ao acesso eles têm,
vai conhecer um pouco mais como é o dia a dia de dois estudantes universitários
que enfrentam este desafio.
Recomeço
O
estudante de Jornalismo, Igor Gelako, de 21 anos, é portador da Síndrome de
Coreia, que é uma condição cerebral que afeta o equilíbrio e movimentos finos
das pessoas. No caso de Igor, afetou os membros inferiores como pernas e pés.
Gelako
conta que quando iniciou a faculdade em 2014, teve que trancar por conta do seu
difícil acesso à sala de aula. Ele usa uma bota na perna
chamada
órtese, que é para dar apoio na locomoção dele.
Ele
trocou essa bota no início de 2015, mas não estava muito adaptado e as rampas
da entrada do bloco não tinham corrimão, o que dificultava o acesso e o fizeram
parar a faculdade.
“A
acessibilidade na faculdade é boa, ela melhorou bastante principalmente na questão
das rampas pra chegar aos blocos. Antigamente tinham as rampas, mas sempre
foram desproporcionais. A partir de 2015 colocaram corrimões nas rampas, isso
me ajudou bastante a chegar à sala, pois a minha maior dificuldade é com
terreno que não é reto, que tem descida, subida ou escada. Uma mudança simples,
que fez toda a diferença”, diz Gelako.
A aluna
Jéssica Pereira é portadora de deficiência visual, mas isso não a impede de ter
uma vida normal. Na faculdade, o convívio com os colegas e professores é bom,
não têm problemas e nunca foi tratada diferente.
Em
relação à locomoção ela não tem dificuldades. “Sempre tem alguém que me ajuda a
ir aos lugares e a faculdade tem uma boa infraestrutura em relação à
acessibilidade.”
Jéssica
explica que ser portadora de alguma deficiência não é motivo de problemas para
as pessoas e até o momento leva uma vida normal, tanto para se relacionar com
os estudantes, quanto fora da rotina acadêmica.
Integração
O NAI (Núcleo de Acessibilidade Institucional da Unoeste) tem trabalhado
na acessibilidade com sinalizações de portas, rampas, escadas e implantação de
um elevador, de acordo com Jakeline Margarete de Queiroz Ortega, integrante do
núcleo. A universidade tem investido no treinamento dos funcionários e professores
com curso de libras para estarem aptos no atendimento ao estudante.
Jakeline relata que a preocupação com portadores de deficiências é constante,
o investimento que a universidade tem feito é para melhorar a qualidade de vida
dos estudantes.
O desafio do NAI no momento é buscar conhecimento para atendimento ao autista.
Mesmo não tendo deficiência física, ele tem sua limitação para interagir com
outra pessoa.