Sueli
de Oliveira é uma dos sete funcionários do estabelecimento
Foto: Mariana Santos |
Beatriz Gonçalves
Janaína Tavares
Mariana Santos
Thiago de Oliveira
Maria Eduarda Kato
Todos os dias, milhares de
alunos entram no Campus 2 através da entrada principal, mas, provavelmente,
poucos repararam na existência de um hotel logo a esquerda dessa entrada: o
hotel Santa Ana.
O estabelecimento já existe
há 15 anos e, atualmente, hospeda apenas professores da Unoeste, que vêm de outras
cidades para dar aula na universidade durante a semana, e palestrantes
convidados para eventos da instituição.
Uma
taxa de R$40 é cobrada pela diária no hotel, que inclui café da manhã, ar
condicionado e frigobar. O valor é simbólico e é utilizado para ajudar na
manutenção do local.
Estrutura
O interior de um dos 35
quartos duplos que o hotel possui Foto: Mariana Santos |
Inaugurado em 2003, o prédio
é composto por 44 quartos, sendo 35 duplos e nove com camas de casal. Um fato
curioso de sua estrutura é que o hotel possui cinco andares vistos pelo lado de
fora, mas por dentro são nove.
O prédio do Santa Ana é
divido em dois espaços. Do lado direito, compreende os serviços de hotelaria e,
no lado esquerdo, ficam os apartamentos. Sete funcionários são responsáveis
pelos cuidados do hotel hoje em dia. Além do hotel, a igreja e as casas do
Campus 2 também são de responsabilidade destes trabalhadores.
Laços
Durante todos esses anos de
funcionamento, várias lembranças permanecem no Santa Ana, assim como Sueli de
Oliveira, funcionária e moradora de um dos apartamentos do prédio. A auxiliar
administrativa trabalha na Unoeste há 22 anos, o que tornou sua relação com os
hóspedes bem familiar.
O café
da manhã é servido dentro do Santa Ana das 6h40 às 8h40
Foto: Mariana Santos |
“Geralmente, eu cuido deles,
né? Porque ficam por aqui sozinhos a semana inteira e a gente quer saber se
eles se alimentaram, por exemplo”, diz.
Sobre as boas lembranças que
acumulou dentre tantos anos no local, a auxiliar administrativa destaca a
hospedagem da banda Capital Inicial, quando conheceu os integrantes, inclusive
o vocalista Dinho Ouro Preto.
Entretanto, a funcionária
também já passou por alguns “perrengues” no Santa Ana, principalmente quando o
local recebe muitas pessoas. Oliveira conta que, certa vez, o local recebeu 70
convidados da reitoria e o espaço tinha poucos funcionários e itens em geral. Ela
relembra que foi um ‘verdadeiro sufoco’ porque nem roupa de cama tinha para
todos naquele dia.
Sua história com a universidade
começou quando ainda realizava serviços sociais como voluntária e, desde então,
nunca mais saiu de lá.
Assim como Sueli, a
ex-funcionária Vera Lúcia de Deus, pode chamar os espaços da universidade de
lar. Também moradora dos apartamentos, fez parte do corpo docente da Unoeste
por 40 anos, como costureira e bordadeira da família Oliveira Lima. Já seu marido
atuava na gráfica da instituição.
Hoje aposentada por
problemas de saúde, relembra que em 1977, foi a responsável pela produção dos
primeiros uniformes dos funcionários. A confecção acontecia em um prédio, no
campus 1, e contava com cerca 15 trabalhadoras. Na época a Unoeste possuía
cerca de 33 colaboradores, hoje passam de 1.500.
Dona Vera,
hoje tem 69 anos e diz que viu a instituição engatinhando e que cresceu junto
da Unoeste. Quando começou a trabalhar na universidade, seu filho mais velho
tinha menos de oito anos, hoje ele tem 48.
“Sinto-me orgulhosa por minha história aqui”.
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