Com os filhos, escadinha de seis a dez anos, Deborah não deixou o sonho de ser jornalista e cursa o quarto termo |
Clara Dias
Juliane Rígolo
Matheus Honório
Virgínia Faustino
Vinicius Costa
Juliane Rígolo
Matheus Honório
Virgínia Faustino
Vinicius Costa
A vida
universitária é uma fase de esforço e dedicação que demanda tempo.
Diferentemente do que se vê em filmes não é festa o tempo todo. Imagina então,
somada a filhos. Seria possível conciliar estudos e a maternidade?
Desafiando
a maioria da opinião pública, há mães que fazem de tudo para conquistar o sonho
de concluir a graduação. Inclusive doses extras para harmonizar os estudos aos
cuidados dos filhos.
Deborah
Andrade, aos 29 anos, é estudante de Jornalismo e mãe de quatro filhos. Diogo,
de dez anos, Bárbara, de nove, Kauã, com sete e o caçula, Denner, de seis. Ela
queria ser jornalista desde os 15 anos, quando visitou uma feira de profissões
da Unoeste. Porém, “atropelei o tempo e fui ser mãe primeiro”, disse.
Sua
rotina é praticamente uma maratona: Acorda às 6h, troca os dois menores, deixa
o mais novo na creche, enquanto os outros vão sozinhos para a escola. Aí sim,
vai para a faculdade. Volta ao meio dia e entra no trabalho. Quando chega às
19h, dá banho, faz janta e consegue dar um pouco de atenção a eles.
As crianças
já entendem, tanto que o mais velho fala em ser jornalista como a mãe. E
normalmente lidar com eles é fácil. “Só o mais novo que fica chamando atenção.
Preciso que o futuro deles seja bom, então estudo e quero que eles tenham
alguém como exemplo, no caso eu”, diz Deborah. Por isso que ir para a faculdade
para ela é tranquilo, tornando possível realizar o sonho de ter uma profissão
junto ao crescimento dos filhos.
Regina, terceira da direita para à esquerda, com suas amigas de Jornalismo |
Já para
Regina Santos, de 42 anos, fazer Jornalismo é participar da mesma etapa dos
filhos. Vítor, de 21 anos, faz Letras para se tornar tradutor, em Rio Preto, e
Gabrielle, de 18, que estuda Nutrição na Unoeste. A decisão por entrar na
faculdade foi incentivada pelos próprios filhos.
“Sempre
quis ingressar na universidade, mas somente aos 40 anos criei coragem e prestei
o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]”. O mais interessante é que fez a prova
no mesmo dia que sua filha Gabrielle.
Para
mais uma conquista, iniciaram a universidade juntas! “Hoje estamos no mesmo
termo, ela no quarto termo de Nutrição e eu no quarto de Jornalismo”, comenta.
Seu dia
a dia é bem corrido: de segunda a sexta acorda às 5h50 e se prepara para ir à
faculdade. Sai de casa às 6h20 para pegar o ônibus de estudante de Pirapozinho.
Estuda das 7h30 às 11h10. Depois, pega um ônibus coletivo às 11h50 e vai para o
trabalho. Lá almoça e começa a trabalhar às 13h. Às 17h pega um terceiro ônibus
e aí sim retorna para casa.
Mesmo
com todo esse corre-corre, sempre encontra apoio do marido e dos filhos para
realizar os trabalhos acadêmicos e estudar para a semana de provas com
responsabilidade, empenho e preocupação.
Enquanto
o marido faz o jantar, os filhos a auxiliam, instruem e até dão dicas para
facilitar a vida universitária. “Afinal foram 20 anos longe de uma sala de
aula”, diz Regina.
E agora
já se foram dois anos “num processo maravilhoso de aprendizado e novas
descobertas”. Ela leva consigo a determinação de finalizar o que começou,
somado ao orgulho de ver seus filhos conquistando os mesmos objetivos.
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