Adriana Turim explica as funções laboratoriais do térreo 1 (Foto: Larissa Biassoti) |
Julhia Marqueti
Larissa Biassoti
É bem provável que você, ao andar pelos corredores da faculdade, já tenha visto a placa de algum laboratório, seja do seu curso ou não. Em geral, eles servem para que os alunos façam atividades práticas durante as aulas e saiam mais preparados para o mercado de trabalho.
Só na Unoeste, vários laboratórios estão disponíveis para os estudantes usarem. Mas hoje, falamos especialmente para aqueles que sonham em cursar ou já cursam: Arquitetura e Urbanismo, Física, Zootecnia, Engenharia Civil ou Ambiental, Agronomia e Química. Você pode pensar que esses cursos não têm nada a ver um com o outro, mas o que os conectam são os laboratório que todos precisam.
FUNCIONALIDADES
Os laboratórios ficam abaixo do piso da Gastronomia, lugar onde muitos pensavam que seria o término do espaço da faculdade, mas ele continua. As salas ficam no Bloco 3 no Campus II no térreo 1.
Perfuradores servem para estudantes analisarem quantidade de absorção da água (Foto: Larissa Biassoti) |
O primeiro espaço laboratorial,
nomeado de Topografia, Geoprocessamento
e Estruturas, de acordo com a responsável pelo local, Adriana Turim, é o
que possibilita o estudante a estudar solos e rochas. Na sala, composta por
muitas mesas e armários, estão presentes diversos tipos de rochas e minerais
que são trazidas pelos professores para análise. “Eles (alunos) colocam ácido na
rocha e pelo risco que é gerado no azulejo, que está em cima da mesa, se descobre
qual é o tipo do material”, explica.
Na sala, há também balanças para
pesagem, peneiras que servem para fazer o “ensaio” (termo usado que substitui a
palavra teste). “As peneiras são usadas para a granulometria dos agregados como solo, areia e até garrafa
pet. O uso é simples, se quer apenas o pózinho do agregado, usa a menor
peneira, e assim vai até a maior”. Há ainda os equipamentos que simulam a
perfuração do solo e ajudam a identificar a resistência, assim como o quanto
pode absorver de água.
Instrumentos são usados para testar resistência dos materiais (Foto: Larissa Biassoti) |
Se no primeiro o estudante
analisa, no segundo laboratório de Materiais
de Construção Civil é permitido que se coloque a mão na massa. Na sala,
estão disponíveis britadeiras e argamasseira, assim como prensas que servem
para testar a resistência de cada objeto. Existem duas prensas, uma para 80
toneladas, que serve para vigas e concretos mais grossos e a outra que serve
para um teste mais preciso de, no máximo, 20 quilos para produtos mais
sensíveis. Este é indicado para tijolos, que precisam ser quebrados devagar.
O laboratório de Geotecnia é pequeno, apenas com a
presença de um armário que vai até o teto. Na terceira sala estão presentes
GPSs e o equipamento que se usa para fazer a medição e nivelamento de terrenos.
“Essa sala é pouco usada, eles só pegam aqui e já saem para fazer os testes”,
conta Adriana.
Adriana explica que GPS é usado para medir áreas de grande proporção (Foto: Larissa Biassoti) |
Na sala voltada à Hidráulica, tubos tomam conta da maior
parte dela. Os canais transparentes servem para que o aluno tenha noção da
vazão da água de certo terreno.
alunos estudam sobre vazão de água e vento no laboratório de Hidráulica (Foto: Larissa Biassoti) |
“Para ter esta noção, nós
colocamos placas para simular a barragem e quando a água passa ou derruba,
significa que está na hora de parar”, explica. Além da vazão da água, é
possível aprender sobre a do vento a partir do Tubo de Vento. Este é outro
laboratório que não faz tanto uso, mas o motivo é outro. “São poucos os
professores que sabem mexer”, afirma a técnica.
Na última sala, que fica no piso
superior ao térreo 1, direcionada ao curso de Arquitetura e Urbanismo, encontram-se
dois equipamentos: o Heliodon e o Túnel de Vento. O primeiro é um aparelho que
simula o movimento do Sol ao longo do ano, em diferentes horários.
“Por meio da construção de um modelo físico do
projeto, como uma maquete volumétrica, os alunos conseguem avaliar como será a
incidência solar na edificação e, assim, pensar onde devem estar as aberturas
para melhor iluminação natural”, explica o professor Felipe Rainho, de
Arquitetura sobre a Sala de Conforto.
Já o Túnel de Vento serve para
simular as correntes de ar do ambiente externo. “Assim, os alunos são capazes
de avaliar se a estrutura será bem ventilada e propor soluções para conseguir
um melhor desempenho da edificação”, completa Felipe.
TRABALHO DURO
A estudante de Arquitetura, Nubia Natália Martins, do 6º termo,
fala que os laboratórios contribuem para que todo o conhecimento adquirido seja
aplicado na prática, já que é característico do curso ter diversas atividades extra
sala.
“Temos uma estrutura super legal para desenvolvimento de
nossas capacidades criativas e artísticas e pouca gente de outros cursos conhecem,
e isso poderia ser mudado. Quanto mais praticamos, mais entendemos o que
estamos estudando”, afirma.
Já Marcelo Manfre, aluno do 5º termo de Engenharia Civil, acredita
que a estrutura dos espaços é muita boa, de maneira que deveria ser mais
utilizada pelos professores, já que tem muito material.
“Os laboratórios refletem diretamente na vida profissional,
você entende como funciona as coisas que você estuda dentro da sala de aula,
não fica naquela ideia de que ‘eu sei essa conta, eu sei o tanto que dá isso’,
mas como que funciona? O que acontece no material por exemplo? No laboratório
de materiais a gente faz ensaio de tração, de compressão, ensaio de concreto,
de barra de aço, é muito interessante”, conclui.
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