Motivado
pelas experiências profissionais que trouxe do Pará,
Damasceno contou com os
“bicos” para se manter financeiramente
Foto: Paulo Taroco
|
Abraão Wyllams
Francisco Alves
Paulo Taroco
“A educação tem raízes amargas, mas os frutos
são doces”, já dizia o filósofo grego Aristóteles. Realidade vivenciada pelo
estudante do sexto termo, e também o último,
do curso de licenciatura em Música, Thyago Damasceno.
Apaixonado
pela música desde a infância, Thyago, já com 30 anos, teve o primeiro contato
com instrumentos musicais nos cultos na igreja que frequentava no bairro Terra
Firme, periferia de Belém do Pará, onde nasceu e cresceu.
Ainda
na adolescência, foi no ramo da eletricidade que Damasceno obteve a experiência
profissional que deu continuidade, passando por grandes empresas da área no
estado. O que não fez com o gosto pela
música morresse.
Em 2013,
ao alcançar a nota exigida pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a tão
sonhada bolsa para o curso chegou, no campus II da Unoeste, em Presidente
Prudente, a quase 3 mil quilômetros de casa.
Lutas e aprendizado
No
início, durante três semanas, morou trocando favores em um pensionato. “Não
tinha lugar para ficar. No início de 2014, saí do Campus I, após fazer a
matrícula e chovia muito. Um colega me indicou a pensão. Lá, fiquei morando e
prestando serviços de manutenção, até arrumar um lugar que eu pudesse pagar”.
Após
isso, o estudante trabalhou entregando panfletos no semáforo. Com o dinheiro
arrecadado, comprou ferramentas para voltar a desempenhar as atividades
elétricas. Com elas, se manteve até 2016. A partir do primeiro semestre deste
ano, Damasceno conseguiu vagas para dar aulas em três escolas e projetos da
região.
Além
das amizades, o músico paraense fala dos aprendizados obtidos com as
dificuldades e do principal ganho adquirido, o conhecimento. “Para mim, o que
mais importa é o conhecimento. O que acontecerá a partir de agora no mercado de
trabalho é consequência. Levarei muito aprendizado e conhecimento”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário