Ellen se formou em Contábeis e diz que o curso tem muitas opções para o mercado Foto: Cedida |
Ingrid Rocha
Maiara Pavan
Vinicius Santos
William Asaph
Um dos momentos mais difíceis da vida é decidir qual
carreira seguir. Logo em seguida, vem os esforços durante a vida acadêmica e
com eles os aprendizados diários em meio a aulas teóricas e práticas.
Após anos de dedicação o tão sonhado diploma chega e com ele
os inúmeros tipos de sentimentos. A
felicidade de ser graduado é o principal, mas a formação traz dúvidas, medos e
também mudanças. E então é o momento em que muitos acadêmicos pensam: ME FORMEI
E AGORA?
Planejamento de
carreira
Para o Especialista e Coach de
Carreira Xando Natsume, ficar indeciso nesta hora é um comportamento recorrente
da nova geração, que por vezes se mostra impaciente e inconstante.
Thiago começou como empacotador e hoje é gerente de supermercado; crescimento se deve a graduação Foto: Vinícius Santos |
“Não é a forma que a nova geração
foi criada que garante o emprego de hoje. Alias, é o contrário: a nova geração
não tem muita habilidade emocional, tem dificuldade de rejeição e quando o feedback se mostra negativo se entristece”,
avalia.
Natsume alerta ainda para a
necessidade de se planejar a carreira ainda no início da universidade para
evitar futuras decepções. “Planejamento de carreira começa na sala de aula. Não
é preciso esperar acabar a faculdade para ver se gosta ou não daquela
profissão”.
Thiago Caires Gesse sabe bem o que é isso, gerente de uma
rede de supermercados e com apenas 28 anos, explica que seu sucesso
profissional evolui de forma gradativa.
Formado em Administração de Empresas pela Unoeste em julho
de 2016, conta que só chegou aonde está por causa da faculdade.
Caires começou sua carreira dentro da rede como empacotador,
passando depois por repositor e açougueiro e com isso viu a necessidade de
buscar uma graduação para subir ainda mais dentro da empresa. Hoje é o gerente
de umas das lojas, onde está a mais de um ano no cargo.
Ele explica que a faculdade foi essencial para sua carreira
e que hoje coloca em prática muitas coisas que nela aprendeu como parte de
gráficos, TI, entre outras.
O coach Xando Natsume diz que indecisão é característica da geração Foto: Cedida |
Afirma ainda que só chegou aonde está hoje pelo fato de ter
ingressado em uma faculdade após seu patrão ter dado este conselho: “ele me
disse que eu tinha potencial e poderia crescer muito se eu estudasse”, lembra.
Pensando além
“A intenção não era fazer pós e sim atuar na área para poder
adquirir um pouco de experiência e saber onde me encaixaria no ramo
profissional. Porém, como não arrumei um emprego, resolvi fazer uma pós em
Engenharia de Segurança do trabalho”, afirma Francielli Lúcio, recém-formada em
Engenharia Civil.
A engenheira continua em busca de emprego como trainees e alega que serve
principalmente para adquirir mais experiência na área.
Confessa que ficou com um receio após se formar, visto que
as responsabilidades iriam aumentar. “Eu, particularmente, saí da universidade
acompanhada de sentimentos contraditórios. Felicidade por ter conquistado o tão
sonhado CREA (documento que libera o engenheiro a atuar na área) e medo pela
exigência da profissão.”
Já para Ellen Padoim, formada em Ciências Contábeis, o que é
aprendido em sala de aula é uma pequena parte do que se vê no cotidiano. “A
teoria aplica-se a prática, desde que esteja relacionado ao que estudou”.
Ela afirma que o curso escolhido é um ramo amplo com
diversas opções de atuação, porém, a maioria das oportunidades de emprego
requer experiência. “Isso acaba dificultando na maioria das vezes quem acabou
de sair da faculdade”.
O importante é nunca desistir. Para Thiago Caires nada é
impossível, basta acreditar e ir em busca de seu objetivo. “Hoje em dia o
mercado de trabalho busca pelo diferente, pessoas iguais têm bastante, e o
estudo dá esse acréscimo, esse diferencial, mas não pode ir por ir. O aluno tem que ir para a faculdade para
matar um leão por dia”.
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