Kauan deixou o Jornalismo para cuidar de pessoas no curso de Fisioterapia Foto: Cedida |
Amanda Albuquerque
Andressa Aguiar
Guilherme Miranda
Jéssica Garcia
Maicon Ferreira
Andressa Aguiar
Guilherme Miranda
Jéssica Garcia
Maicon Ferreira
Ter
17, 18 anos não é fácil. É o momento da vida em que você está saindo da
adolescência e entrando na fase adulta e, portanto, assumindo mais responsabilidades.
Uma delas é a escolha da carreira.
O estudante
de Fisioterapia da Unesp (Universidade do Estado de São Paulo), Kauan Matos,
sentiu bem essa pressão. No ensino médio se dividia entre a área de biológicas
e artes, e ao fazer sua escolha de carreira, a música falou mais alto.
Entretanto, eis que surge o primeiro empecilho: os pais.
Estudar
em São Paulo e ainda por cima em uma faculdade de Música não era o sonho que a
mãe tinha para ele. Assim como Kauan, muitos jovens acabam por escolher a carreira
de acordo com o que os pais sonham ou esperam para eles. Quem nunca passou por
isso, não é mesmo?!
Frustrado,
entrou em um cursinho ainda confuso com qual carreira escolher e ouviu um
conselho do padrasto: você gosta tanto de ler e escrever, por que não Jornalismo?
Resolveu prestar vestibular na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) para o
curso e também na Unesp para Fisioterapia. Duas áreas totalmente distintas.
Como
o calendário das universidades públicas é diferente das demais, iniciou o
semestre cursando Jornalismo. “Eu amei logo de cara. Foi uma das experiências
mais gratificantes que eu já tive dentro do meio acadêmico, mas eu já tinha
prestado para Fisioterapia e pensei: por que não?!”.
Aprovado
no vestibular da Unesp, topou o desafio e se arrependeu logo de cara. Ele se
sentia bem no Jornalismo, imaginava ter encontrado seu lugar e agora não dava
mais para voltar atrás. Com o passar dos meses, Kauan enxergou que havia feito
a escolha certa: ele amava cuidar dos outros.
O amor pelas crianças e a vontade de ensinar motivam Chiara a se dedicar ao curso Foto: Cedida |
A
mudança pareceu difícil no começo, mas no final a decisão foi certeira. Assim
fez também a estudante de Pedagogia, Chiara Bonança.
Da
mesma forma que Kauan, ela escolheu Jornalismo como primeira opção de carreira,
e após um ano de curso decidiu que era hora de repensar no que queria para seu
futuro.
A
pressão dos pais também foi um dos fatores que mais contribuíram na escolha
inicial. Mas também, houve muito apoio quando ela decidiu que não era aquilo
que queria.
“Eu
não tinha muita noção do que eu ia encontrar pela frente, do que eu ia aprender
nesse curso, mas eu sabia que era o que eu queria fazer”.
Enquanto
fazia Jornalismo, até gostava de algumas matérias, mas não se via exercendo a
profissão.
“Quando
eu comecei a fazer inglês, eu percebi que eu queria ensinar aquilo que eu sabia
para outras pessoas. Foi quando eu resolvi fazer uma coisa diferente, que eu
percebi que eu me encontrei”.
Os
dois estudantes se viram em uma situação complicada perante os pais e a carreira.
O que se sabe da vida quando se tem 18 anos? É por isso que se deve tem em
mente que todos têm chance de trocar o percurso. Existem milhares de maneiras
de se chegar ao mesmo lugar. E mesmo que
assuste, o importante é entender que aquilo não precisa ser imutável.
Conhecer
a si mesmo é essencial para tomar essa decisão. Lembre-se que você pode ser o
que quiser, basta se dedicar e ir atrás. Seu futuro depende de você, mas você
não está sozinho nessa. Na dúvida, siga seu coração.
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