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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Vocação x Formação: estudantes contam o que existe depois da sala de aula


Rogerio é supervisor de Farmácia,
embora tenha se formado em Arquitetura
Foto: Maicon Ferreira
Amanda Albuquerque
Andressa Aguiar
Guilherme Miranda
Jéssica Garcia
Maicon Ferreira

O mercado de trabalho está cada vez mais híbrido e para isso os estudantes começam a trabalhar ainda no período da faculdade em outras áreas e quando se formam tem medo de sair do que já é certo ou descobrem que sua vocação seja outra.

Rogério Gabriel Aparecido se formou em Arquitetura este ano e, antes disso, começou a trabalhar em uma rede de farmácias. No meio desse processo ele conquistou um cargo que lhe deu uma boa remuneração como supervisor de loja, mas ainda assim não é o seu sonho. Há nove anos no ramo farmacêutico, Rogério subiu de cargo e se tornou um profissional da área.

Apesar de todas as conquistas o arquiteto afirma que a sua paixão está mesmo nas maquetes.  “Agora que me formei, não posso largar tudo e me dedicar com exclusividade à minha área, por isso faço os dois. Trabalho pela manhã com meus projetos e à tarde me dedico à farmácia”.

Além disso, o arquiteto consultou seus professores para saber o que deveria fazer quando concluísse o seu curso. “Todos me incentivaram a permanecer onde estou e simultaneamente começar a fazer projetos como autônomo”.

Já o filósofo e designer, Adalto Matos, trabalha na secretaria e suporte de uma escola de língua alemã.  Ele diz que o jovem deveria primeiro experimentar o mercado de trabalho para depois se qualificar em algum curso superior.  “Talvez não tivéssemos tanta gente atuando em áreas diferentes do que se formou. A experiência pode ajudar indicando a real vocação”.

Filósofo e designer trabalha em uma escola
de língua alemã
Foto: Maicon Ferreira
Adalto diz que gostaria muito de trabalhar exclusivamente como designer de interiores, mas atualmente o mercado de trabalho não correspondeu às suas expectativas. Além disso, o filósofo diz que uma formação complementou a outra. “Com tudo que aprendi sobre no curso de Filosofia, eu pude realizar grandes projetos na escola onde trabalho como designer”.

São muitos os casos de pessoas formadas que flutuam entre a graduação e a real vocação. O diploma que antes era um fator essencial na contratação, hoje se mescla com vários outros requisitos. Ou seja, o recém-formado precisa contar com cartas na manga para poder aproveitar as oportunidades que vão além da curso superior.

Jéssica Gabriela Faustino teve uma surpresa quando concluiu sua faculdade de Assistente Social. Descobriu que aqui na região do Oeste Paulista o piso salarial da área não é tão motivador. “Já prestei mais de 20 concursos na área de Assistente Social, mas como manicure descobri que posso ganhar mais”.

Hoje, Jéssica se especializa nessa área estética para poder aumentar ainda mais seus lucros.


E você? Tem medo de descobrir que não está estudando aquilo que gostaria de fazer na vida ou já tem tudo planejado para quando se formar? Conte para gente como pretende fazer após ganhar o tão almejado diploma.

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