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sexta-feira, 21 de abril de 2017

Estilos marcantes atraem olhares e curiosidade

Paloma e Giovanna gostam de ter suas marcas no estilo que usam
Foto: Beatriz Moura
Beatriz Moura
Isaias Alves
Júlio Terrengui
Larissa Thieli
Rafael Barbosa
Valdemar Lessa

Cerca de 20 mil alunos estudam na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) e entre eles os visuais são diversos. Alguns estilos chamam a atenção nos corredores. Muitas pessoas fogem do convencional e esses estilos variam de um curso para o outro, como na Zootecnia, onde estuda a aluna Paloma Lira.

Segundo ela, o curso influência muito na maneira de se vestir. “Quando a gente tá no dia de trabalhar no campo é natural que a pessoa vá de bota e como a gente vive praticamente 24 horas usando bota, é normal a gente se vestir nesse estilo e usar camisão pra se prevenir do sol”, conta a aluna.

Paloma também diz que o seu estilo vem de família, passado de geração em geração. “Como meus avós vêm da roça e meus bisavós também são de sítio, é meio que automático e você acaba adotando esse estilo. E sem contar que por um lado é muito vantajoso, é muito legal, eu não me vejo em outro estilo a não ser esse, tomando tereré e ir aos rodeios da vida, é muito bom”, completa.

Ter um estilo de vida diferente também tem o seu lado negativo e muitas vezes o preconceito se torna um problema. Paloma conta que as mulheres que se vestem como ela, no estilo cowgirl, às vezes são descriminadas.

“Algumas pessoas quando uma mulher trajada de bota, nos enxergam como lésbica só pelo fato dela se vestir e andar como se fosse homem. Acham que a gente é cafona, que não sabe se vestir e nos chamam de caipira”, desabafa.

Já no curso de jornalismo, a aluna Giovana Farias adota um estilo totalmente diferente de
Paloma. “Eu gosto sempre de mudar e ser diferente. Adoro quando as pessoas me param na rua para falar do meu cabelo, tatuagens, piercings, eu adoro tudo isso”.

Desde pequena, a aluna era fascinada por cabelos coloridos, piercings e tinha como grande inspiração a apresentadora Mari Moon da MTV. Mesmo com os conflitos dentro de casa por seus pais não aceitarem seu jeito de ser, Giovana manteve o seu estilo. Hoje ela enfrenta o preconceito fora de casa, como na busca por empregos.

“Eu vou sempre buscar trabalhar em lugares que aceitem as pessoas como elas são e que nos dão a liberdade de ser como nós somos até porque o que me faz profissional não é a cor do meu cabelo, nem minhas tatuagens ou os piercings que tenho no rosto e sim meu eu interior. E eu acho que isso não muda o que eu sou de verdade”, diz.

Assim como Giovana, muitos jovens que saem da universidade enfrentam esse problema em qualquer área de trabalho. A busca pela aceitação é constante e a postura das empresas também mudou de uns anos pra cá, estão mais abertas às pessoas em geral, sem restrição de estilos, aparência, gênero e orientação sexual.

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