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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Cavalos são usados na recuperação de pacientes com necessidades especiais

By On 10:00
Programa multidisciplinar atende pacientes com necessidades especiais
Foto: Guilherme Napoleão
Alessandro Nascimento
Guilherme Napoleão
Igor Gelako
Isabela Rocha
Karine Andrade
Lucas Ribeiro
Maria Fernanda Ferreira

Você já imaginou que o cavalo pode ser usado na reabilitação de pessoas? De acordo com a fonoaudióloga e uma das responsáveis pelo programa, Sandra Silva Lustosa, a “reabilitação equestre é um programa multidisciplinar onde utiliza o cavalo para cuidar de pessoas com necessidades especiais”.

Entre 2009 e 2010 foram feitas várias aquisições pela Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), entre elas está o Centro de Reabilitação Equestre, localizado próximo ao Hospital Veterinário, no Campus II da universidade.

Sandra ainda explica que “pelo movimento tridimensional que o animal possui, da andadura, proporciona estímulos diferenciados no corpo do paciente, melhorando a postura e tonificando a musculatura”. Outro diferencial é o ambiente que proporciona interação com outras pessoas, assim traz uma nova realidade para o indivíduo e também estimula e melhora a comunicação.

Por ser um animal de grande porte e dócil, ter o cavalo como protagonista dessa terapia possibilita ainda o progresso de indivíduos com problemas de agressividade. A fonoaudióloga explica que isso faz com que o paciente desenvolva afetividade com as pessoas ao seu redor. “O cavalo parece entender a necessidade do outro”, completa a fonoaudióloga.

Para a aluna do curso de Fisioterapia, Lunara Magalhães, a prática no centro de reabilitação gera para os alunos um aperfeiçoamento do conhecimento teórico. "Todos buscam melhorar o quadro do paciente, é gratificante, qualquer passo é uma conquista", finaliza.

Além do cavalo, são utilizados brinquedos durante a terapia
Foto: Guilherme Napoleão
Já no caso da aluna Lara Costa, que também cursa Fisioterapia, "contribui por ser um ambiente diferente do ambulatorial e hospitalar, por ser local aberto proporciona mais estímulo ao paciente". Ela ainda completa que por ser uma equipe multiprofissional torna a terapia mais dinâmica e produtiva.

A responsável pelo Centro de Reabilitação, Maria Tereza Prado, ressalta que a terapia equestre ou hipoterapia trabalha tanto a coordenação física como a motora do paciente, além de auxiliar a melhora em atrasos de linguagem ou qualquer outro distúrbio. “Ela ajuda na questão da socialização, além do bem estar que traz pelo vínculo que a pessoa acaba criando com o animal”.


Os pacientes são encaminhados para o programa por meio dos psicólogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos que atendem nas clínicas da universidade e também pela própria população que conhece o trabalho. O centro recebe crianças e adultos de qualquer idade.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

De pagar xerox a entrar no campus, carteirinha da Unoeste abre muitas portas

By On 10:00
Ingrid Rocha
Maiara Pavan
Vinicius Santos
Willian Ashap

Iniciar um ciclo não é fácil. A vida universitária é uma fase marcante para os alunos, principalmente para aqueles que estão chegando, os calouros ou “bixos” como são chamados pelos veteranos (os que estão em termos mais avançados). Até entender as normas e procedimentos dentro da universidade, o novato pode dar muita “bola fora”. O que alguns não fazem ideia é que a carteirinha de estudante, também conhecida como R.A (Registro Acadêmico) possui diversas funções que ajudarão no decorrer da vida acadêmica.

A Carteirinha

Assim, que entra na faculdade, todos estudante da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) recebe um número do seu Registro Acadêmico (R.A), que vai garantir muitas facilidades durante todo o curso. Logo, ele recebe uma carteirinha, que contém o número do R.A, a foto, nome, curso em que estuda e um código de barras. O estudante também recebe uma senha que pode usá-la ou alterá-la por outra.

Para que Serve?

Essa carteirinha serve para muitas coisas. Lá vão algumas: entrada dos estudantes em qualquer parte interna dos campus, pagamentos de serviços oferecidos pela universidade como xerox, refeição, impressão e encadernação de documentos, quitação de débitos com a rede de bibliotecas, aquisição de documentos escolares e ainda tem a função de cartão de débito, sem contar os descontos em lugares externos como cinema, teatros, jogos de futebol entre outros que ofereçam meia entrada para estudantes. 

Como Funciona?

Os estudantes devem ir até a tesouraria do campus, no caso do campus II é localizada no bloco B3 no 1° piso, quase em frente às catracas de entrada, e colocar o crédito desejado para alguma funcionalidade da universidade. Após isso é só se dirigir até o local onde deseja utilizar o serviço informar seu R.A e digitar sua senha.

O site

Para comprar no xerox da Unoeste, é preciso ter crédito na carteirinha
Foto: Vinícius Santos
No site, o estudante com seu R.A têm muitas alternativas, como acompanhar seu saldo, ver suas notas bimestrais e faltas, fazer pedidos de documentos, enviar documentos para impressão, consultar sua situação com a rede de bibliotecas e muitas outras que ajuda na correria do dia a dia, como os serviços, onde o aluno pode enviar arquivos para a impressão e a secretaria virtual, que o aluno pode pedir emissão de documentos sem necessariamente ir até a secretaria física do campus.

O que pode e não pode no xerox

O xerox é um serviço muito utilizado pelos alunos. Com o funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 21h45 e aos sábados das 07h30 às 11h20. Um diferencial adotado pelo Centro de Cópias é que lá não é possível pagar em dinheiro, somente crédito na carteirinha. Também não é permitido efetuar impressão se o aluno levar o arquivo em um pen drive.

“Até hoje alunos de termos avançados trazem arquivos em pen drive querendo imprimir, isso é constante aqui”, diz Elis Silva, auxiliar de centro de cópias há dez anos. O aluno tem que entrar no site da faculdade, ir em serviços, impressão de documentos e enviar o arquivo. Se o aluno optar somente em tirar xerox normal de algum material que já tenha impresso, o serviço ocorre normalmente.

Tecnologia

Além de ajudar muito os alunos, a tecnologia implantada com as carteirinhas trouxe muitos avanços para UNOESTE e seus funcionários. Maria Clélia de Oste, auxiliar de tesouraria há 23 anos, diz que o sistema foi implantado há seis anos e relembra: “Antigamente o aluno tinha que efetuar o pagamento diretamente no xerox e isso atrasava os funcionários. Aqui só recebíamos pagamento de documentos da secretaria”.

Daniel Fernandes, do curso de Agronegócio, acha legal a
iniciativa de falar sobre as carteirinhas para quem vai entrar na universidade
2° via da carteirinha

Para o estudante que perdeu ou que por algum motivo não tenha mais a carteirinha, pode fazer o pedido da 2° via na secretaria, localizada também no bloco B3 no 1° piso após as catracas à esquerda. A taxa é de 20 reais, no qual você também efetua o pagamento através da tesouraria para a confecção de uma nova. O horário de atendimento é de segunda a sexta das 07h30 às 21h20 e aos sábados das 07h30 às 11h20.

Fatos Inusitados

O estudante do 2° termo de Zootecnia, José Pedro Bariani Gouveia, conta que quando estava no 1° termo, ficou 15 minutos na fila do xerox com o pen drive contendo um trabalho, mas que não conseguiu imprimir, pois não sabia que teria que enviar pelo site. “Hoje dou risada do acontecido, mas lembro que fiquei bastante nervoso, pois era o último dia de entrega do trabalho e acabei ficando sem nota”.


Já o estudante de Agronegócio do 3° termo, Daniel Fernandes, lembra que quando entrou na faculdade tinha alguns documentos que tinha que tirar xerox para levar na secretaria e foi direto no centro de cópias sem saber que teria que colocar o crédito na carteirinha. Se soubesse antes acredita que seria mais fácil. “Acho muito legal a iniciativa de falar sobre a carteirinha, porque tem até estudantes mais velhos que não sabem tudo ainda sobre o uso”.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Estudantes viram o jogo durante a faculdade e mudam de curso

By On 17:31
Isabela não deixa a Zootecnia por conta
do amor pelos animais
Foto: Cedida
Barbara Tafarelo
Christian Mathias
Mainara Screpanti
Rafael Carlos
Vanessa Aleixo
Victtoria Oliani
Vinícius Alonso

Desde que a criança entra na escola, família já começa a imaginar o futuro. O que vai ser? Qual a profissão? Onde vai trabalhar? Na adolescência, sempre se ouvem essas perguntas em casa, dos amigos, uma pressão, que com certeza, sempre contribui com o aumento das dúvidas.

Segundo Vanessa Rojas, que atualmente cursa Jornalismo, mas já passou por outra faculdade antes dessa, às vezes não se acerta de primeira. Ela escolheu em primeira opção Farmácia, mas por achar caro resolveu prestar o vestibular e fazer Radiologia. Não foi por gostar da profissão, e sim por ser mais acessível, pouca carga horária, valor menor e com ótimo salário inicial. Escolha por benefícios e pressão familiar de que tinha que estudar algo e logo.

“A mudança de curso foi no primeiro termo, durante os estágios de enfermagem no HR [Hospital Regional de Presidente Prudente]. Abalei meu psicológico com a situação hospitalar. O horário ficou complicado por eu trabalhar, malhar e fazer estágio. Não sobrava tempo para estudar”, relata a estudante.

Como muitas outras pessoas, Vanessa foi descobrindo que o curso não combinava com o perfil dela. Começou pelo salário, mas a aula de anatomia com corpos de indigente foi um fator grande para desistência. Quando desistiu do curso seus pais se decepcionaram muito, principalmente sua mãe que apoiou e comprou o que precisava, roupas brancas, sapatos, jalecos, até aparelho de aferir pressão. Mas o importante era se formar.

Hoje, no caminho para ser uma futura jornalista, ainda recebe o apoio familiar, pois eles querem que ela se forme. Estão felizes com o curso atual, pois ela se desempenha melhor, por ter sido escolhido com calma, pesquisado a área e visto que combina com ela.
Antes de fazer Zootecnia, Isabela cursou dez meses de Nutrição
Foto: Cedida

O mesmo fato aconteceu com a estudante Isabela Oliveira, que atualmente cursa Zootecnia. A jovem começou por Nutrição e em dez meses percebeu que não gostava do curso e não era sua área. Hoje, ela relata que ama o que estuda e que não pensa em mudar de curso jamais, um dos principais motivos, o contato com os animais.

“Amo o curso que faço. Me encontrei nele. Espero que daqui uns anos o mercado de trabalho esteja de portas abertas”, acrescenta.

Isabela não possuía nenhum tipo de dificuldade financeira e mudou de curso apenas por gosto. Ela ainda diz que seus pais sempre a apoiam, independentemente do curso que escolha, o importante é que esteja feliz.

Para a psicóloga Lourdes Aparecida de Oliveira Cunha, a falta de dinheiro não é um grande problema para os jovens mudarem ou largaram os cursos do ensino superior. Ela conta que a mudança de cursos sempre ocorreu.

Em relação a testes vocacionais, a psicóloga afirma que sempre são importantes antes de ingressar em uma graduação. “Esta indecisão que o jovem tem, referente aos sonhos e as escolhas, está ligada ao amadurecimento, que é diferente de um adulto”, completa.

Ela diz que na hora de tomar essa decisão da escolha profissional, o jovem está no final da adolescência, entrando no mundo de adultos, desvinculando dos pais e tem que fazer escolhas, porém muitas coisas ainda não estão definidas na vida do jovem. Entretanto, essa escolha é de longo prazo e o jovem não tem experiência do mercado e nem se conhece o suficiente, resultando em escolhas impensadas. “Por exemplo, alguém admira um pai, um tio, um profissional, ou até mesmo pensa no sucesso que a profissão traz. Mas, ele não vê tudo o que tem que fazer para conseguir chegar naquele ponto e até mesmo realizar determinado trabalho”, explica.


Lourdes ainda relata que atualmente as pessoas tem uma facilidade de conhecer tudo. “Hoje todo mundo tem uma internet na mão e pode investigar o que deseja, então de repente, o jovem vê outras oportunidades e acaba descobrindo que talvez o curso que está não o leva para fazer o que ele realmente goste. As pessoas se descobrem ao longo do tempo. Hoje, muita gente busca cursos que gostam e se identificam. Antigamente não era assim, as pessoas pensavam em uma profissão para a vida. Os estudantes de hoje pensam em algo que pode fazer com que eles já façam outra coisa depois. Algo amplo. Isso é muito interessante”, finaliza.