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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Estudante decide trocar São Paulo pelo interior para concluir graduação

By On 10:00
Ana Carolina precisou retornar ao primeiro
termo do curso por conta da diferença de grades
Foto: Cedida

Beatriz Duarte
Janaína Tavares
Mariana Santos
Maria Eduarda Kato
Thiago de Oliveira

A dinâmica entre estudar, organizar todos os trabalhos e cumprir tudo o que é proposto pelo curso que optou, já é um grande desafio. Isso se torna ainda mais complexo quando você precisa fazer uma mudança de vida radical em meio a isso tudo.

Ana Carolina de Souza, estudante de Biomedicina, sabe muito bem o que é isso. Tudo começou quando a aluna morava em São Paulo e cursava o quarto termo de Biomedicina em uma universidade de lá. Por questões pessoais, decidiu transferir o curso e se mudar para Mirante do Paranapanema, que fica a mais de 600 quilômetros da capital, dos parentes e dos amigos.

Quando a aluna pediu transferência para a Unoeste, não conseguiu voltar ao termo que já estava cursando por conta da diferença nas grades. Agora, ela irá terminar sua graduação apenas em 2023.

“Já era para eu estar finalizando a faculdade no ano que vem e ela duraria apenas quatro anos. Cursei dois anos completos e como lá a carga horária era menor do que aqui, eu precisei retornar ao primeiro termo e eliminei algumas matérias”, explica.

Adaptação

Assim como os jovens de 20 anos, a aluna já tinha sua própria história na cidade grande. “Estava trabalhando em um emprego que era da minha área, ganhava bem, tinha toda uma estrutura lá, além de ser noiva na época. Quando terminei meu noivado foi aí que pensei: se meus pais querem ir embora daqui, então também vou, porque queria buscar novos horizontes”, diz Ana Carolina.

Com a nova turma em Prudente, Ana Carolina
acredita que os sacrifícios valem à pena
Foto: Cedida
Entretanto, a mudança não foi tão fácil como parece. Todos os costumes e a rotina já construída pela estudante tiveram que ser deixadas para trás. “A diferença está em tudo, porque a estrutura aqui é bem melhor do que lá, a carga horária daqui é mais puxada e os professores cobram muito mais”, conta.

Desde os 14 anos, seus pais sempre a apoiaram a seguir seus próprios passos e ser uma mulher independente, o que ajudou em seu amadurecimento. “Não vou dizer que está sendo fácil, porque mesmo eles morando em um sítio que fica a 30 quilômetros de distância de onde eu moro, precisei aprender a lidar e resolver todos os meus problemas, já que tenho que correr atrás de tudo por minha conta”, relata a futura biomédica.

Conselhos

O tempo passou, diversas pessoas passaram pela vida de Ana Carolina e, com isso, a universitária aprendeu com todos os desafios. “Meu maior conselho é lutar pelo seu sonho. Você vai deixar muita coisa e, muitas vezes, vai deixar de comprar algo porque você tem um objetivo, então tudo sempre vale a pena”, conclui a estudante.


quinta-feira, 19 de abril de 2018

Calouros fazem top 3 das dificuldades no início da vida universitária

By On 10:00


Aghatta conta também que teve dificuldade
com questões de xerox e carteirinha
Foto: Luana Mariano
Daniel Linares
Jaqueline Piva
Luana Mariano
Wellington Camuci

Passei no vestibular!!! E agora????

Quem nunca? São muitos os questionamentos e medos dos novos alunos do ensino superior.

Ao iniciar a faculdade, muitas dúvidas surgem para aqueles que deixaram a rotina escolar. A disposição do conteúdo, a estrutura da universidade, o critério para atribuição de notas.

E as dificuldades? Será que calouros que moram em Prudente encontram menos dificuldades que aqueles que viajam todos os dias?

Os calouros Aghatta Assunção e Daniel Alvarez elegeram as três maiores dificuldades encontradas por eles no início do curso.

Caloura de Música

Cursando o 1º termo de Licenciatura em Música, Aghatta conta ter superado suas expectativas. “Percebi que nunca seria como eu tinha imaginado e que da forma que é, é melhor. As amizades, tanto alunos como professores, são com certeza um ponto positivo.”

A estudante, que é de Osvaldo Cruz, vai e volta da cidade todos os dias, lista três pontos como principais dificuldades no processo de adaptação:

1 – Socialização: “Acho que a parte de se enturmar de início, o receio e, definitivamente, o medo de ficar pra trás no ônibus.”

2 – Rotina: “Se adaptar ao horário e o cansaço inicial.”

3 – Conteúdo: “A dificuldade para lidar com algumas matérias, de início tiveram as que deram um nó na minha cabeça.”

Calouro de Jornalismo

Já o universitário Daniel Alvarez, que mora em Presidente Prudente e está no 1º termo de Jornalismo, relata que decidiu pelo curso após cursar um semestre de Ciência da Computação.
Daniel trocou de curso no início do ano e já estagia na faculdade
Foto: Daniel Linares

Daniel afirma estar se identificando com a nova área e destaca três pontos como maiores barreiras no início da faculdade:

1 – Adaptação ao período noturno: “Sempre estudei em período matutino, no outro curso era integral.”

2 – Conteúdo: “Adaptar-se a esse conteúdo mais voltado para área de humanas, no outro curso estava muito envolvido com a parte de exatas.”

3 – Localização do Campus II: “Não que seja muito difícil de chegar até aqui, mas todos os dias pegar os ônibus lotados é de certa forma uma dificuldade.”

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Mãe e esposa, estudante de Zootecnia deixa estabilidade do lar, a 500 km, para conquistar diploma

By On 17:42

Sandra em uma de suas aulas práticas de Zooctenia
Foto: Cedida
Brenda de Oliveira
João Martins
Michelle Santos
Regina Santos
Sandra Prata
Thais Vizari

Sair da zona de conforto a fim de encarar uma nova jornada já é difícil para quem acaba de sair da adolescência, imagina quem resolve fazer isso já adulta e com uma filha em fase de faculdade?

Pode parecer loucura, mas os desafios de uma nova rotina, um novo espaço de adaptação e a formação de novos ciclos sociais geram muito mais que experiências e boas histórias para contar.

entre as dezenas de histórias que o Campus II carrega, a trajetória de Sandra Aparecida Souza não podia ficar de fora.

A exatamente 554,5 km de distância do marido, Sandra, aos 45 anos, saiu de Barra Funda, distrito de São Paulo, na companhia da filha de 19 anos e veio cursar Zooctenia em 2017. A escolha pelo curso aconteceu logo após os incentivos do parceiro, que uma vez por mês vem visitar Sandra e a filha Vitória.

Envolvimento com o curso

Além das aulas, a estudante também se envolveu nas atividades dentro do curso, como por exemplo, a participação na Atlética após o convite da própria coordenadora. Há mais ou menos um mês, Sandra colabora com a parte acadêmica na organização de estudos e grupos de estudos.

A princípio, a estudante ficou um pouco receosa com a proposta, mas acabou aceitando e comenta que a experiência contribui muito para seu crescimento e aprendizado. “Se não aceito esse desafio agora, acho que mais pra frente vai acabar sendo complicado até para enfrentar uma vaga de emprego”.

Casa e faculdade

Assim como todo universitário, as dificuldades começaram a dar as caras. No caso de Sandra, uma delas se encontra na troca do período de aulas do noturno para o integral. Segundo ela, a dificuldade está em conciliar os horários de aula com outras tarefas de casa, porém, com força de vontade os obstáculos conseguem ser superados.