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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Inversão de papéis: E quando os pais saem de casa?

Guilherme Macedo, com a cara pintada, ao centro,
teve que aprender a morar sozinho depois que os pais foram embora
Clara Dias
Juliane Rígolo
Matheus Honório
Virgínia Faustino
Vinicius Costa

Mudar de cidade para fazer faculdade é comum para muitos jovens. Porém, e se o papel invertesse, se os pais mudassem e deixassem o filho?!

Essa inversão de realidade foi o que aconteceu com o estudante de Medicina, Guilherme Macedo. Com 18 anos, Guilherme começou a estudar Direito, e aos 21 largou o curso. Nesse período, seu pai se mudou para Santo André (SP). Com 23, ele ingressou na faculdade de Medicina e foi a vez de sua mãe mudar de endereço, em Praia Grande, litoral de São Paulo.

Dentre as razões que fizeram o acadêmico ficar na cidade onde cursa estão: a qualidade da faculdade, o FIES e o vínculo com amigos e a igreja.

Nos primeiros seis meses, ele continuou a viver na casa da família. “Eu tinha que mostrar a casa, pois ela estava vendendo, no começo do outro ano eu mudei e agora moro sozinho em uma quitinete perto da faculdade”.

Quanto à adaptação, Guilherme conta que não teve grandes dificuldades. “Meus pais sempre trabalhavam muito fora, então eu já ficava sozinho e eu sempre ajudei nas coisas de casa, então para mim foi tranquilo a adaptação e foi até melhor, porque eu sempre quis meu espaço”.

Os estudos são a principal responsabilidade dele. “Meu pai acaba me sustentando aqui 100%, eu só tenho que organizar minhas contas para pagá-las em dia e organizar o meu dinheiro, assim que não são muitas, então essas são minhas únicas responsabilidades”.

Segundo o universitário, a principal diferença de morar longe dos pais é o tempo. “Porque quando você está com os pais e como eles são mais velhos, eles já criam uma rotina e eles sempre fazem isso. Eu agora faço a minha rotina, eu faço agora as coisas na hora que eu quero e se eu não faço as coisas ninguém vai fazer, então é uma coisa que depende mais de mim, então isso para mim está sendo bom por esses motivos”.

Guilherme ainda conta que o fato de morar distante dos pais melhorou o relacionamento com eles. “Quando você fica sem o convívio do cotidiano você quer aproveitar mais o tempo com eles, você briga menos, você vai mais relaxado então acho que o convívio até ficou melhor”.

João Augusto, estudante de Biologia da Unoeste, vive em uma república
de duas universidades prudentinas
Vida de república

A vida universitária reserva vários caminhos e um deles é escolher um lugar para morar, e a República Mamatequila abriga alunos das universidades de Presidente Prudente desde dezembro de 2007.

A república foi criada por alunos do curso de Fisioterapia da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) onde encontraram a solução de alugar uma casa grande e dividir o valor do aluguel, já que não tinham condições de morar sozinhos.

O lugar é composto por alunos da Unesp e Unoeste que são de vários cantos Brasil. Agregados fazem parte do cotidiano dessas pessoas também, tornando essa família ainda maior.


O estudante do 8º termo de Biologia da Unoeste, João Augusto, conta sobre uma festa comemorativa dos 10 anos da república. O valor arrecadado da festa é usado na manutenção e auxílio das despesas da casa. “Nós vamos fazer uma grande festa e queremos que seja um dia histórico para todos. Vamos reunir todos os alunos que já passaram por aqui e também nossos amigos especiais, teremos várias surpresas e vamos divulgando com o tempo”, disse João Augusto morador da casa desde 2014.

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