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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Estudantes com deficiência contam rotina acadêmica no campus 2

O estudante de Jornalismo, Igor Gelako, diz que o
corrimão na rampa facilitou acesso à sala de aula
Foto: Wellington Costa
Ingrid Tomimitsu                 
Jean Ramos
Letícia Prieto
Pamela Wruck
Thaís Santos
Wellington Costa

Você sabe quais as dificuldades que os portadores de deficiência física enfrentam na faculdade para estudar?

A Lei no 10.098, de 19 de Dezembro de 2000, estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Então, agora que você já sabe que direito ao acesso eles têm, vai conhecer um pouco mais como é o dia a dia de dois estudantes universitários que enfrentam este desafio.

Recomeço

O estudante de Jornalismo, Igor Gelako, de 21 anos, é portador da Síndrome de Coreia, que é uma condição cerebral que afeta o equilíbrio e movimentos finos das pessoas. No caso de Igor, afetou os membros inferiores como pernas e pés.

Gelako conta que quando iniciou a faculdade em 2014, teve que trancar por conta do seu difícil acesso à sala de aula. Ele usa uma bota na perna
chamada órtese, que é para dar apoio na locomoção dele.

Ele trocou essa bota no início de 2015, mas não estava muito adaptado e as rampas da entrada do bloco não tinham corrimão, o que dificultava o acesso e o fizeram parar a faculdade.

“A acessibilidade na faculdade é boa, ela melhorou bastante principalmente na questão das rampas pra chegar aos blocos. Antigamente tinham as rampas, mas sempre foram desproporcionais. A partir de 2015 colocaram corrimões nas rampas, isso me ajudou bastante a chegar à sala, pois a minha maior dificuldade é com terreno que não é reto, que tem descida, subida ou escada. Uma mudança simples, que fez toda a diferença”, diz Gelako.

A aluna Jéssica Pereira é portadora de deficiência visual, mas isso não a impede de ter uma vida normal. Na faculdade, o convívio com os colegas e professores é bom, não têm problemas e nunca foi tratada diferente.

Em relação à locomoção ela não tem dificuldades. “Sempre tem alguém que me ajuda a ir aos lugares e a faculdade tem uma boa infraestrutura em relação à acessibilidade.”

Jéssica explica que ser portadora de alguma deficiência não é motivo de problemas para as pessoas e até o momento leva uma vida normal, tanto para se relacionar com os estudantes, quanto fora da rotina acadêmica.

Integração

O NAI (Núcleo de Acessibilidade Institucional da Unoeste) tem trabalhado na acessibilidade com sinalizações de portas, rampas, escadas e implantação de um elevador, de acordo com Jakeline Margarete de Queiroz Ortega, integrante do núcleo. A universidade tem investido no treinamento dos funcionários e professores com curso de libras para estarem aptos no atendimento ao estudante.

Jakeline relata que a preocupação com portadores de deficiências é constante, o investimento que a universidade tem feito é para melhorar a qualidade de vida dos estudantes.

O desafio do NAI no momento é buscar conhecimento para atendimento ao autista. Mesmo não tendo deficiência física, ele tem sua limitação para interagir com outra pessoa.


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