Digite a busca

quarta-feira, 14 de março de 2018

Morar fora é sinônimo de liberdade, mas onde?

Kettillen já morou sozinha, mas depois de dividir com um amigo,
as contas ficaram bem mais fáceis
Foto: Cedida

Dayane de Castro
Heitor Pedroso
Isabelle Voltareli
Larissa Oliveira
Mariane Pracânica
Yuri Kaue Aquinno

Para muitos estudantes, especialmente de cidades pequenas, realizar o sonho de cursar uma faculdade, frequentemente se depara com a seguinte decisão: onde morar?

Além do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), programas sociais como o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) facilitaram bastante o acesso ao ambiente acadêmico nos últimos anos.

Mais pessoas foram capazes de deixar as casas de suas famílias e fazer um curso em outra cidade ou até mesmo outro estado. Para decidir onde morar têm que levar em consideração o orçamento, a localização e as companhias. Quais são as vantagens e desvantagens de cada tipo de moradia?

A estudante de Engenharia Civil, Kettillen Angélica Lisboa já morou sozinha e hoje divide sua quitinete com um colega. Segundo ela, é mais fácil se você morar sozinho, ou apenas com mais uma pessoa. Mais do que isso dá conflito. 

A escolha de dividir veio por uma decisão financeira: Eu consigo ficar tranquila durante o mês, gastar mais comigo, me divertir. Kettillen afirma que hoje gasta com moradia cerca de metade do que gastava quando estava sozinha.

Jessica Costa Silva, estudante de Jornalismo, parece ter tido experiências melhores do que Kettillen em conviver com mais de uma pessoa. Ela mora em uma república só de meninas e diz que, apesar dos atritos por causa de diferenças de comportamento, a convivência foi tornando-se mais fácil com o passar do tempo.

Jessica conta ainda que a sua moradia não segue a fama de festeira que as repúblicas universitárias costumam ter, e que sempre que vão receber visitas de várias pessoas tudo é conversado previamente.

(Quase) Fora do Ninho

No meio termo entre a independência total e morar com os pais, existem os pensionatos. Neles, o aluno paga um aluguel e costuma ter alguns serviços básicos garantidos, como lavagem de roupa e alimentação, fornecidos pelos donos.

É o caso da estudante de Direito, Cristiéle Visoná. Ela diz que a organização, a praticidade e a segurança são os principais atrativos dessa opção, que é quase como morar com os pais. Eu gosto daqui porque o pessoal é bem família! Eles conversam muito e incentivam muito, querem ver a gente crescer, conta.

Mas, segundo Cristiéle, esse sistema pode ser um pouco restritivo às vezes: A única coisa que eu gostaria era poder receber amigos para fazer trabalho ou simplesmente conversar e aqui não pode.

A estudante de Publicidade e Propaganda, Rafaela Nunes Cariati, morava com a tia antes de se mudar para a mesma pensão. Ela conta que sair de casa é um grande processo de amadurecimento. Quando eu fui morar na pensão, tive mais liberdade e isso faz a gente crescer muito. Antes, eu tinha tudo na mão, agora aprendi a correr atrás do que eu preciso, finaliza.

E você? Prefere morar como?

Nenhum comentário:

Postar um comentário