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terça-feira, 27 de março de 2018

Orientação vocacional pode ajudar quem não se identifica com curso escolhido

Isabela trocou Educação Física por Medicina Veterinária
e ainda não tem certeza da escolha
Foto: Arquivo Pessoal
Dayane de Castro 
Heitor Pedroso 
Isabelle Voltareli 
Larissa Oliveira 
Mariane Pracânica 
Taylane Fernandes 
Yuri Kaue Aquinno 

A fase de transição da adolescência para a vida adulta gera muitos conflitos na mente dos jovens e o principal deles é: “Que carreira seguir?”  

Mas como nem sempre se acerta de primeira, o que fazer quando se descobre depois de um tempo que aquele curso não era exatamente o que queria?  

Para muitas pessoas, a solução é mudar de curso, como foi o caso da estudante de Psicologia, Vanessa Bernabé. 

Segundo ela, a Psicologia surgiu em sua vida quando saiu do ensino médio. Começou a cursar, porém depois de algumas dificuldades, teve que desistir, mas o sonho não realizado continuou adormecido. 

Por nove anos eu fiquei esperando a hora certa de voltar, e nesse meio tempo fiz Jornalismo e me formei em Técnica de Segurança do Trabalho, que é minha formação e com o que eu trabalho hoje”, afirma. 

JeanRamosda Silva passou pela mesma situação quando largou o curso de Sistema de Informática para cair de cabeça na área de Comunicação.Depois de ter cursado três anos e faltando apenas um ano e meio para o término, Jean trancou o antigo curso no qual não sentia fazer parte do universo de sistemas. 

"Peso direto em mudar de curso", diz Isabela
Foto: Arquivo Pessoal
Ele conta que após ter realizadoum testevocacional que apontava para Comunicação, sua primeira opção era Publicidade, mas acabou seguindo parao Jornalismo. “Eu me apaixonei pelo Jornalismo e estou cada vez mais apaixonado”. 

Mas ainda existem aqueles alunos que mudaram de curso e ainda não se “encontraram”. Éo caso da Isabela Alves Bezerra, que trocou a Educação Física pelaMedicina Veterináriano terceiro mês de aula.“Não me identifiquei ainda na Veterinária, não sei realmente o quero me tornar. Penso direto em mudar de curso novamente.” 

A psicóloga Elaine Martins diz que inúmeros fatores podem contribuir para que o aluno mude o curso durante a graduação. Entre eles estão a imaturidade e euforia de prestar um vestibular. E ao iniciar o curso, tem a percepção de que não era o que esperavam. 

De acordo com ela, o que facilita muito é orientação vocacional e feiras de profissões oferecidas pelas faculdades. “Isso é uma oportunidade para que os jovens possam conhecer melhor a futura profissão que têm em mente.” 
  
Jean deixou Sistemas de Informação para Jornalismo
e só contou à família após um ano no novo curso
Foto: Arquivo Pessoal
Apoio da família 

A decisão pela mudança de curso nem sempre é bem aceita. Jean conta que sentiu dificuldade em contar. “Minha família descobriu só depois de um ano cursando Jornalismo, quando era para estar me formando em Sistema de Informática. Me chamaram de maluco.” 

Elaine ainda frisa que o apoio da família é muito importante nesse momento de dúvida. “O ideal é fazer o que se gosta. Se não, ele não vai ter sucesso na carreira. Ele não vai ser feliz naquilo que não quer”, diz. É preciso entender o motivo pelo qual o jovem desistiu da graduação e apoiar em uma nova profissão que ele deseja seguir. 
  
Planejando a mudança 

“A orientação vocacional é muito importante para ele conhecer a profissão, o mercado e a si mesmo para que tenha uma carreira de sucesso”, explica a psicóloga.


Unoeste disponibiliza o Serviço Universitário de Apoio Psicopedagógico (SUAPp), que pode direcionar o aluno para um atendimento vocacional. O agendamento prévio pode ser feito pelas informações acadêmicas do aluno no site da universidade. 

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