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De diferentes cidades para o campus 2, motoristas esperam cerca de 4 horas diariamente Foto: Brenda de Oliveira |
Brenda de Oliveira
João Martins
Michelle Santos
Regina Santos
Sandra Prata
Thais Vizari
Diariamente no meio do agito do Campus 2, no estacionamento, os motoristas se reúnem e esperam até que os estudantes cumpram suas lições na Universidade.
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Geladinhos, empadas e mini-pizzas também fazem parte do ganha pão Foto: Michelle Santos |
Spencer Willians é motorista há dois anos de um dos ônibus de Presidente Venceslau. Ele é conhecido entre os universitários por suas vendas de geladinho, empadas e mini pizzas.
"No tempo livre a gente anda pelo campus, conhece a universidade", conta.
De acordo com ele, às vezes se reúnem entre eles para fazer churrascos e jogar conversas fora durante a espera. “Além disso, alguns motoristas aproveitam o tempo para pregar a Palavra de Deus”.
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Tatiana, única mulher entre motoristas, tem sintonia com alunos Foto: Thais Vizari |
Já o município de Pirapozinho é o único que conta com uma motorista do sexo feminino, Tatiana Santos trabalha com isso há 14 anos e faz o trajeto até o campus 2 há cinco.
"A parte que mais gosto é o contato com os alunos, conversar com eles". Sobre as horas de espera, a motorista sempre procura conversar com os colegas para passar o tempo e chegar em casa para ver o filhos de 1 e 4 anos.
Tatiana conta que antes de trabalhar como motorista, era secretária de uma transportadora de caminhões, e devido ao salário, migrou para os volantes. “Na época, eu consegui me destacar por ser muito prestativa”.
Segundo ela, apesar do fato de ser a única mulher que traz os estudantes ao campus, nunca sofreu nenhuma discriminação e sempre foi tratada de igual para igual. "Minha família é toda de motoristas, então sempre foi algo que tive contato". Fora isso, ela reforça que apesar de ser uma profissão com maioria masculina a recompensa salarial é a mesma.
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Spencer faz suecesso na venda de geladinhos e salgados Foto: Michelle Santos |
Nos seus cinco anos de experiência no campus, ela revela que o momento mais marcante foi quando estava grávida e mesmo assim ainda pegava a estrada.
De acordo com ela, um dia enquanto voltava para Pirapozinho, o ônibus quebrou no centro de Presidente Prudente. “Eu fiquei muito grata, pelos alunos não terem me abandonado e pela fidelidade das oito alunas que ajudaram a empurrar o ônibus. Sinto que tenho uma sintonia com eles”.
Mais quilômetros vencidos
Osvaldo de Freitas sai de Santa Inês do Paraná, 17h, diariamente para trazer 32 estudantes ao Campus.
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"Paizão" dos alunos, Osvaldo dirige 110 km todos os dias Foto: Brenda de Oliveira |
Ele, aos 62 anos, é como se fosse um pai para os universitários. "Sempre falo, tem que estudar agora e deixar para festar depois, é como se eu fosse um paizão mesmo", finaliza.
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