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terça-feira, 24 de abril de 2018

Unoeste oferece laboratórios para estudantes exercitarem a prática profissional

Adriana Turim explica as funções laboratoriais do térreo 1 (Foto: Larissa Biassoti)

Julhia Marqueti
Larissa Biassoti

É bem provável que você, ao andar pelos corredores da faculdade, já tenha visto a placa de algum laboratório, seja do seu curso ou não. Em geral, eles servem para que os alunos façam atividades práticas durante as aulas e saiam mais preparados para o mercado de trabalho. 

Só na Unoeste, vários laboratórios estão disponíveis para os estudantes usarem. Mas hoje, falamos especialmente para aqueles que sonham em cursar ou já cursam: Arquitetura e Urbanismo, Física, Zootecnia, Engenharia Civil ou Ambiental, Agronomia e Química. Você pode pensar que esses cursos não têm nada a ver um com o outro, mas o que os conectam são os laboratório que todos precisam.

FUNCIONALIDADES

Os laboratórios ficam abaixo do piso da Gastronomia, lugar onde muitos pensavam que seria o término do espaço da faculdade, mas ele continua. As salas ficam no Bloco 3 no Campus II no térreo 1.

Perfuradores servem para estudantes analisarem quantidade de absorção da água (Foto: Larissa Biassoti)
O primeiro espaço laboratorial, nomeado de Topografia, Geoprocessamento e Estruturas, de acordo com a responsável pelo local, Adriana Turim, é o que possibilita o estudante a estudar solos e rochas. Na sala, composta por muitas mesas e armários, estão presentes diversos tipos de rochas e minerais que são trazidas pelos professores para análise. “Eles (alunos) colocam ácido na rocha e pelo risco que é gerado no azulejo, que está em cima da mesa, se descobre qual é o tipo do material”, explica.

Na sala, há também balanças para pesagem, peneiras que servem para fazer o “ensaio” (termo usado que substitui a palavra teste). “As peneiras são usadas para a granulometria  dos agregados como solo, areia e até garrafa pet. O uso é simples, se quer apenas o pózinho do agregado, usa a menor peneira, e assim vai até a maior”. Há ainda os equipamentos que simulam a perfuração do solo e ajudam a identificar a resistência, assim como o quanto pode absorver de água.

Instrumentos são usados para testar resistência
dos materiais (Foto: Larissa Biassoti)
Se no primeiro o estudante analisa, no segundo laboratório de Materiais de Construção Civil é permitido que se coloque a mão na massa. Na sala, estão disponíveis britadeiras e argamasseira, assim como prensas que servem para testar a resistência de cada objeto. Existem duas prensas, uma para 80 toneladas, que serve para vigas e concretos mais grossos e a outra que serve para um teste mais preciso de, no máximo, 20 quilos para produtos mais sensíveis. Este é indicado para tijolos, que precisam ser quebrados devagar.

O laboratório de Geotecnia é pequeno, apenas com a presença de um armário que vai até o teto. Na terceira sala estão presentes GPSs e o equipamento que se usa para fazer a medição e nivelamento de terrenos. “Essa sala é pouco usada, eles só pegam aqui e já saem para fazer os testes”, conta Adriana. 
Adriana explica que GPS é usado para medir áreas de grande proporção (Foto: Larissa Biassoti)

Na sala voltada à Hidráulica, tubos tomam conta da maior parte dela. Os canais transparentes servem para que o aluno tenha noção da vazão da água de certo terreno.

alunos estudam sobre vazão de água e vento
 no laboratório de Hidráulica (Foto: Larissa Biassoti)
“Para ter esta noção, nós colocamos placas para simular a barragem e quando a água passa ou derruba, significa que está na hora de parar”, explica. Além da vazão da água, é possível aprender sobre a do vento a partir do Tubo de Vento. Este é outro laboratório que não faz tanto uso, mas o motivo é outro. “São poucos os professores que sabem mexer”, afirma a técnica.


Na última sala, que fica no piso superior ao térreo 1, direcionada ao curso de Arquitetura e Urbanismo, encontram-se dois equipamentos: o Heliodon e o Túnel de Vento. O primeiro é um aparelho que simula o movimento do Sol ao longo do ano, em diferentes horários.

“Por meio da construção de um modelo físico do projeto, como uma maquete volumétrica, os alunos conseguem avaliar como será a incidência solar na edificação e, assim, pensar onde devem estar as aberturas para melhor iluminação natural”, explica o professor Felipe Rainho, de Arquitetura sobre a Sala de Conforto.

Heliodon é direcionado para o estudo de luz solar nas construções (Foto: Larissa Biassoti)
Já o Túnel de Vento serve para simular as correntes de ar do ambiente externo. “Assim, os alunos são capazes de avaliar se a estrutura será bem ventilada e propor soluções para conseguir um melhor desempenho da edificação”, completa Felipe.

TRABALHO DURO

A estudante de Arquitetura, Nubia Natália Martins, do 6º termo, fala que os laboratórios contribuem para que todo o conhecimento adquirido seja aplicado na prática, já que é característico do curso ter diversas atividades extra sala.

“Temos uma estrutura super legal para desenvolvimento de nossas capacidades criativas e artísticas e pouca gente de outros cursos conhecem, e isso poderia ser mudado. Quanto mais praticamos, mais entendemos o que estamos estudando”, afirma.

Já Marcelo Manfre, aluno do 5º termo de Engenharia Civil, acredita que a estrutura dos espaços é muita boa, de maneira que deveria ser mais utilizada pelos professores, já que tem muito material.

“Os laboratórios refletem diretamente na vida profissional, você entende como funciona as coisas que você estuda dentro da sala de aula, não fica naquela ideia de que ‘eu sei essa conta, eu sei o tanto que dá isso’, mas como que funciona? O que acontece no material por exemplo? No laboratório de materiais a gente faz ensaio de tração, de compressão, ensaio de concreto, de barra de aço, é muito interessante”, conclui.  

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